TODO MUNDO PODE
- novoshorizontespsi
- 15 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

Você já disse alguma vez ou conhece alguém que falou ''Não levo jeito para desenhar uma linha''? Pois é; se sim, então imagine uma borracha (do tamanho, formato e cor que quiser) e apague esse pensamento. ''As pessoas que costumam dizer que não sabem fazer arte estão muito ligadas á lógica cartesiana do certo e errado - não é bem assim'', afirma Fabiana.
''Todos já fomos crianças e nos expressamos, brincamos. Nossa criança interna, que está sempre presente, nos traz curiosidade genuína, espontaneidade. É a nossa parte que tem coragem de explorar a vida, se aventurar, ser autêntica. Devemos manifestar criatividade a partir de nossa essência'', completa Mônica.
O talento nato ou o conhecimento de técnicas não são pré-requisitos para a autoexpressão. ''Na verdade, não existe um ser humano sequer que não seja artista. Podemos nos expressar de diversa formas'', defende Fabiana. Renato Sorriso é um grande exemplo. O gari ficou famoso por dançar entusiasmadamente enquanto varria a Sapucaí após os desfiles de Carnaval, no Rio de Janeiro. ''A arte nos ajuda soltar amarras, muitas vezes inconscientes, e seguir mais livres'', conclui a coaching Karinna Forlenza, que usa o método para apoiar pessoas rumo a seus propósitos de vida.
Para Mônica, chega uma hora em que a alma pede para se expressar. Ela lembra o caso de um de seus pacientes que fez um bisqui de si mesmo criança e passou a carregar o boneco no carro para conversar com ele. ''Com o tempo, isso ajudou a ter mais calma e tempo para atividades que não faziam parte de repertório de sua profissão'', diz. De acordo com a União Brasileira das Associações de Arteterapia, o importante é o conteúdo pessoal implícito em cada criação, seja ela qual for, não importa o resultado final.
Nesse caminho de autodescoberta, permita-se sentir prazer. Que esse momento de criação seja para você e por você - esqueça os julgamentos ou querer agradar alguém. Por fim, tudo bem inspirar-se em outras criações, mas seja autêntico, não copie. Nas palavras de Fabiana, ''quando nos expressamos em um ambiente seguro e acolhedor, os muros caem e começamos a ver a beleza do processo, que é tão verdadeiro''.
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